sei que muito do que escrevo parece coisa de gente deprimida que não dá valor às coisas boas da vida, que só escreve dos defeitos que vê no mundo, dos problemas e obstáculos que encontra no caminho...
escrever a desgraça momentânea me faz deprimir, deve deprimir também, ou deve ser puramente sem graça... uso isso pra mim, pra desabafar e enxergar melhor depois. quando escrevo fica tudo gravado no papel, não fica mais na minha cabeça. escrevo quando estou na pior. depois quando tudo se acalma e volta pro lugar, quando enfim o momento desgraçado passa, releio o que escrevi... horas acho graça, horas sinto na pele aquela dor toda de novo... é uma terapia.
o que escrevo é sentimentalista pra caralho! gosto de exagerar... a paixão é feita disso, não vejo porque não exagerar na poesia se é de paixão que ela é feita.
quinta-feira, 30 de junho de 2011
nunca sei o que te dizer. te deixo tão solto, tão pra lá... mas estamos presos um ao outro até o final. vc é meu e eu sou tua, mas o que somos afinal me parece estranho, talvez tudo isso seja muito novo.
por pensar que noite após noite de sono e de sonhos vão fazer eu me recuperar, eu perco o sono, já dormi demais. ainda não sei o que te dizer. devo me recolher, juntar os pedaços de sei lá o que que sou e que se quebrou. sinto que não me completo. preciso juntar meus pedaços, montar esse quebra cabeças, colar as partes e completar meus os buracos. já me espatifei tanto que não sei se como vaso ainda sirvo para segurar uma flor.
hoje me recolhi. quero ficar assim. criar pontes para o mundo lá fora? quem sabe depois... quero me corroer até a dor passar... quero corroer como quando nos deitamos na cama com aquela azia danada e acordamos de manhã com o estômago novo em folha... esse mundo com bombas prestes a explodir a todo momento já me cansou.
hoje minha auto-estima saiu pra dar uma volta... até ela voltar vou me encarar sem nenhuma maquiagem no espelho...
por pensar que noite após noite de sono e de sonhos vão fazer eu me recuperar, eu perco o sono, já dormi demais. ainda não sei o que te dizer. devo me recolher, juntar os pedaços de sei lá o que que sou e que se quebrou. sinto que não me completo. preciso juntar meus pedaços, montar esse quebra cabeças, colar as partes e completar meus os buracos. já me espatifei tanto que não sei se como vaso ainda sirvo para segurar uma flor.
hoje me recolhi. quero ficar assim. criar pontes para o mundo lá fora? quem sabe depois... quero me corroer até a dor passar... quero corroer como quando nos deitamos na cama com aquela azia danada e acordamos de manhã com o estômago novo em folha... esse mundo com bombas prestes a explodir a todo momento já me cansou.
hoje minha auto-estima saiu pra dar uma volta... até ela voltar vou me encarar sem nenhuma maquiagem no espelho...
sou uma rata
vivo de restos e sobras. quando vejo comida corro pra cima e contamino o banquete todo com minhas patinhas sujas, com minha falta de higiene e maus modos. eu contamino. meus restos podres, colados em meus pêlos estragam tudo que toco. de mim todos fogem. a mim todo mundo espanta.
Que a raiva me preserve racional, realista, sóbria e desapaixonada. Que quando eu fraquejar tenha um lembrete com sua cara de mal colado ao meu celular, meu telefone, meu computador e em meus cadernos. Que o meu olhar se vire para outro lado que não seja o da emoção. Que quando eu sentir todos os tipos de saudade e de medo, eu tenha algum consolo, que eu tenha as minhas amigas pra conversar, o rock pra me embalar, as paisagens para vislumbrar. Tudo isso para evitar deixar meu coração te olhar...
Que eu me sinta a dor das minhas feridas abertas, e deixe cicatrizar. Que eu me lembre das marcas que carrego no couro, cicatrizes de feridas tantas vezes abertas que mal puderam se fechar. Que eu me lembre do respeito, do amor próprio e da vergonha que não quero mais passar. Que eu tenha a paz em foco e não mais as guerras, os terrorismos, as paranóias, dúvidas, incertezas, medos, desconfianças e todas as demais espécies de insensatez... Que eu não sinta mais aquela velha fome de esperar do outro um conforto que nunca vem...
Que a minha dor passe com a raiva. E que a indiferença tome o lugar dela quando ela não mais me servir de escudo. Que eu tenha meus dias bem cheios e ocupados para o o tédio não me levar de volta aos velhos vícios. Que eu tenha a fome de vida nova, de experiências nunca antes vividas...
Eu quero a sorte de um amor tranquilo, com sabor de fruta mordida...
Que eu me sinta a dor das minhas feridas abertas, e deixe cicatrizar. Que eu me lembre das marcas que carrego no couro, cicatrizes de feridas tantas vezes abertas que mal puderam se fechar. Que eu me lembre do respeito, do amor próprio e da vergonha que não quero mais passar. Que eu tenha a paz em foco e não mais as guerras, os terrorismos, as paranóias, dúvidas, incertezas, medos, desconfianças e todas as demais espécies de insensatez... Que eu não sinta mais aquela velha fome de esperar do outro um conforto que nunca vem...
Que a minha dor passe com a raiva. E que a indiferença tome o lugar dela quando ela não mais me servir de escudo. Que eu tenha meus dias bem cheios e ocupados para o o tédio não me levar de volta aos velhos vícios. Que eu tenha a fome de vida nova, de experiências nunca antes vividas...
Eu quero a sorte de um amor tranquilo, com sabor de fruta mordida...